Objetivos
a) Demonstrar o início da erosão hídrica do solo causada pelo impacto da gota de
chuva;
b) Discutir fatores que causam a erosão hídrica do solo;
c) Discutir os efeitos da erosão hídrica;
d) Discutir sobre os problemas ambientais causadas pela erosão hídrica.
Impacto da gota da chuva no solo
De acordo com Brady e Weil (2013) a erosão se processa em três etapas: a) desagregação da massa de solo; b) transporte das partículas desagregadas morro abaixo; c) deposição das partículas transportadas em algum local em altitude inferior.
A desagregação é ocasionada tanto pelo impacto direto das gotas da chuva no
solo, como pelas águas que escorrem na superfície do mesmo (LEPSCH, 2011).
À medida que cai, a gota de chuva vai se acelerando, até atingir a chamada
“velocidade terminal”, aquela em que o atrito entre a gota e o ar equilibra a força
de gravidade. As gotas de chuva maiores caem mais rápido.
Representação esquemática de como ocorre a erosão hídrica pluvial. O
impacto das gotas da chuva (A), causando a desagregação (B), e o selamento
superficial do solo (C), com subseqüente transporte e deposição das
partículas (D). (Fonte: DERPSCH et al., 1991).
Disponível em:(O solo no Meio Ambiente: Abordagem para Professores do Ensino Fundamental e Médio e Alunos do Ensino Médio. Curitiba-PR, 2007.)
O impacto da gota da chuva é uma intensa forma de energia do movimento (ou
energia cinética) que desprende as partículas do solo que estavam agregadas. As
gotas de chuva atingem a superfície do solo com uma velocidade entre 5 e 15
km/h. Dessa forma, a primeira etapa da erosão é o impacto direto das gotas de
chuva, que provoca forte desagregação do solo, o qual ocorre somente quando a
superfície do mesmo encontra-se descoberta (LEPSCH, 2011). A água da chuva
que não é interceptada pela vegetação, ou resíduos de plantas na superfície, irá
atingir diretamente o solo, desagregando suas partículas. A presença de uma árvore alta, por exemplo, não significa que o solo está coberto. As gotas que ficam na
superfície das folhas podem cair da copa árvore até o solo descoberto, com energia cinética suficiente para causar desagregação das partículas.
O impacto da gota sobre a superfície descoberta resulta na quebra dos agregados
do solo em agregados menores ou partículas individuais (areia, silte e argila), os
quais podem ser mais facilmente transportados pela enxurrada que escorre sobre
a superfície do terreno.
Conforme Bertoni e Lombardi Neto (1993), uma gota golpeando um solo úmido,
forma uma cratera, compactando a área imediatamente abaixo sob o centro da
gota, movimenta as partículas soltas para fora em um círculo em volta da sua
área.
O impacto das gotas da chuva é o principal responsável pela desagregação das
partículas de solo, enquanto o escoamento superficial é o principal responsável
pelo transporte das mesmas. No entanto, as gotas da chuva também transportam
partículas de solo, por ação de salpicamento, assim como a enxurrada as desagregam, por ação de cisalhamento. O impacto das gotas da chuva causa ainda o que
comumente se denomina de selamento superficial (obstrução dos poros maiores
da superfície do solo pelas partículas finas que foram dispersadas, formando-se
mais tarde uma crosta no mesmo), o que diminui a infiltração de água no solo e,
consequentemente, aumenta o escoamento superficial (FAVARETTO et al., 2006).
Uma chuva pode desprender mais do que 200 t/ha de partículas de solo, podendo
as mesmas serem deslocadas a 1,0 m de altura e cobrirem um raio de 1,5 m
(BERTONI e LOMBARDI NETO, 1993).
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FOTOS DOS RESULTADOS OBTIDOS
Foto: Simone Valim Schmidt
Foto: Simone Valim Schmidt
Foto: Simone Valim Schmidt
Podemos notar que o solo exposto sofre muito mais erosão do impacto da gota da chuva.
SEGUE O VÍDEO COM A EXPERIÊNCIA FEITA PELA EXPERIMENTOTECA DA UFPR




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